sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

VIRGINDADE PERDIDA - 2

CONTINUAÇÃO...

Como havia dito anteriormente, meu irmão havia ido para a capital estudar para ser PADRE, isto abalou não só a mim, mas principalmente minhas irmãs...
Já haviam passado 6 messes desde que meu irmão fora embora, até que em uma tarde de terça feira o correio entregou uma correspondencia dizendo do retorno subto e inesperado de meu irmão. Apesar de estranhar seu retorno, eu estava euforica e apreensiva com sua volta, não via a hora de chegar sábado para poder ver, tocar e abraçar meu querido irmão.
No sábado, proximo do meio-dia, um jovem de aparencia triste, cabisbaixo e olhar frio, adentra porta adentro abraçando forte minha mãe, lagrimas corriam pelo seu rosto, só não sei ao certo o motivo, talvez felicidade em reencontrar a família, ou quem sabe um motivo ainda desconhecido por nós...
Todos nós nos abraçamos e nos alegramos por estarmos novamente juntos, porem aquela pessoa que estava ali conosco, não era mais o mesmo rapaz lindo, esbelto, alegre, e tremendamente charmoso que outrora conhecemos, estava ali conosco, uma pessoa amargurada, de olhos profundos e sem vida, um homem que ficava trancado em seu quarto horas e horas, mal se sentava a mesa para se alimentar e logo se retirava para o abrigo de seu quarto frio e enfadonho.
Algumas semanas se passarão desde sua chegada, e meu irmão não havia me dirigido uma palavra sequer; decidi então me aproximar dele para tentar compreender o motivo de sua reclusão e de tamanha tristeza que estava ao poucos consumindo sua vida.
Era uma noite de sexta-feira, e todos haviam saido para uma novena na casa de uma comadre da minha mãe, que ficava em um destrito próximo da nossa cidade; ficaram apenas meu irmão trancado em seu quarto e eu reclusa no meu quarto a espera de uma oportunidade para poder conversar com ele.
Bati levemente na porta e chamei-o pelo seu nome, ao mesmo tempo que, vagarosamente abria sua porta, mesmo sem o seu consentimento. Ele se encontrava deitado e coberto por uma grossa coberta de lâ, virou-se para o rumo da porta e pediu para que eu entrasse e viesse ao seu encontro; sentei na cabeceira de sua cama e pousei minhas mãos sobre seu rosto, ao mesmo tempo que indagava sobre sua tristeza e o motivo de tamanha dor, pois estava longe de ser aquele irmão alegre, feliz e vivaz que um dia eu conheci.
Com olhos mergulhados em lágrimas e sua cabeça em meu colo, ele aos poucos começou a balbuciar algumas palavras que num primeiro momento não faziam sentido, mas aos poucos, comecei a perceber a gravidade da situação...
Ele começou a desabafar sobre o motivo de não ter continuado seus estudos como SEMINARISTA, disse que estava preso a pensamentos e desejos extremamentes pecaminosos e abominaveis aos olhos dos homens e de DEUS.
Confessou que o motivo de sua viagem para a capital, era porque estava apaixonado por uma pessoa, e que este amor era proibido, pois se configurava em um pecado mortal e pior que isto, configurava-se em um INCESTO. Não entendia o que ele queria dizer com aquilo, apenas tentava amenizar a situação falando que ele não precisava sofrer por amor, pois todas as mulheres eram loucas por ele, e que ele poderia ter quelquer pessoa a seus pés. Foi neste momento, que ele levantou seu rosto, olhou fixo em meus olhos e disse:
Seria eu capaz de amar minha propria IRMÃ, e ser correspondido com este amor?


continua...

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