terça-feira, 7 de setembro de 2010

O INICIO DO FIM - 1º parte.

Era um dia como outro qualquer, não me lembro se era final de semana ou feriado, só sei que não tinha que trabalhar naquele dia, acordei, o sol já devia estar alto, pois o calor já tomava conta do meu quarto, rolei de um lado para o outro numa tentativa fútil de espantar minha preguiça, não estava cansada, apenas não queria deixar minha cama, permaneci deitada com meus grandes olhos verdes abertos, não olhava nada, apenas fitava um ponto qualquer da parede, quando derrepente, como sempre acontece, a sua imagem tomou conta dos meus pensamentos novamente, nada em especial, apenas imagens distorcidas do seu rosto, de nossa vida juntos, do seu corpo que tanto eu desejei; Isto que eu sinto, parece mais uma enfermidade, pois tentar esquece-lo, é uma batalha a muito tempo perdida, e olha que já fiz de tudo para ser feliz, mas acho que este tormento, levarei para sempre comigo, enquanto vida tiver; Rapidamente, me levantei da cama, queria esquecer você, ou melhor, apenas não me lembrar da dor e da solidão, entrei para o banheiro, fiz xixi, lavei meu rosto, escovei meus dentes e penteei meus cabelos, gosto de tomar banho antes de iniciar meu dia, mas não aquele dia, naquele dia eu queria ver pessoas, não precisava conversar, apenas ver pessoas, por isso, tirei a calcinha que estava vestida, coloquei um shortinho básico e um top confortável, fui até a cozinha, não tenho o habito de fazer café, por isso um pequeno copo com leite e achocolatado está de bom tamanho, precisava comprar pão, passei então a procurar moedas, pois não estava disposta a trocar as notas que tinha em minha carteira, ajuntei alguns centavos e sai em direção a venda mais próxima, e comprei dois pães franceses, que com um pouco de margarina tornariam minha mesa, um verdadeiro banquete matinal.





Ao terminar de comer, tirei a mesa, coloquei o copo sobre a pia e pensei, o que fazer agora? não tinha amigos por perto, não havia lugares para ir, nem a quem telefonar, simplesmente me senti perdida diante do "não ter o que fazer", isto é raro em minha vida, e em meio aquele ócio desconcertante, decidi ouvir um pouco de musica, liguei o som e abri as janelas, e acredito que milhares de outros vizinhos se encontravam naquela mesma posição em que eu me encontrava, pois musicas de todos os géneros e estilos, ardiam alto de varias casas, e um barulho borbulhante parecia invadir a rua, que aos poucos se intensificavam com a presença de pessoas fazendo compras, crianças chorando, buzinas, alarmes... Abri o portão da minha casa e de cara avistei meu vizinho que morava logo em frente, ele estava lavando seu carro, e assim como eu, vestia apenas um short e uma camiseta branca, ele devia ter naquela época, pouco mais de 20 anos, era homem formado, braços e pernas grossas, bem torneadas, cabelos pretos curtos e olhos castanhos claros, mas o que chamava a atenção para ele, era os raros momentos em que ele sorria, até hoje, não sei o motivo de tamanha seriedade, era jovem, bonito, mas apesar da aparente felicidade, jamais era visto com um gostoso e lindo sorriso nos lábios, enquanto comia aquele jovem com os olhos, não havia percebido, que sua namorada estava também me encarando, sentada no banco traseiro do automóvel, acho que escovando os estofados, não sei classificar a forma que ela me olhava, mas não era ódio, raiva nem ciumes, era algo mais apático, quase que contemplativo, se não me engano, quase da mesma forma que eu fitava seu namorado; o sangue subiu rápido para minha cabeça, não sei se sorri ou se fechei a cara, só me lembro de fechar o portão e me arrepender de ter ficado cobiçando o homem alheio. O restante do dia transcorreu lento, preguiçoso, sonolento, até o final da tarde e inicio da noite, não me lembro bem, mas acho que já se aproximava das 19:00 quando a campainha toca, estava me preparando para o banho quando ao atender a porta, me surpreendo com a presença da namorada do meu vizinho em frente ao meu portão.





Assustada, comprimentei a garota com uma palavra qualquer e com os olhos percorri rapidamente a rua, procurando quem sabe um motivo para aquela visita, ou quem sabe apenas uma forma de inconscientemente pedir ajuda pelo que estava por vir; foi quando ela de maneira calma e meiga, me dirigiu a palavra, me comprimentando e certificando se aquele era meu nome, respondi que sim e antes que ela me dissesse alguma coisa, perguntei onde estava seu namorado, e com um sorriso desconsertado ela disse que ele deveria estar na casa dele, logo em frente, e que apesar de não ter certeza de onde ele se encontrava, o motivo da visita era justamente para falar sobre ele, ou pelo menos envolvia ele; fiquei então aguardando ela me dizer alguma coisa, quando ela me perguntou se podia entrar para podermos conversar, pois o assunto que ela gostaria de conversar comigo era um tanto delicada, e que eu não me preocupasse pois o que ela queria falar comigo poderia ser interessante tanto para mim, quanto para ela.




Pedi então para que ela entrasse e se sentasse no velho sofá que ficava na sala, sentamos e logo ela me perguntou o que eu achava do namorado dela, pois ela tinha notado que eu estava olhando para ele hoje na parte da manhã, e que já fazia algum tempo que o namoro dos dois não estava indo bem, e que se eu estivesse interessada, poderia ficar com ele, pois já fazia alguns meses que o namoro estava frio, não por culpa dele, mais por culpa dela; e gostaria de terminar o namoro, mas não queria que ele sofresse, por isso seria interessante ele se apaixonar por outra garota antes do termino do namoro; assustada, respondi que não estava interessada no namorado dela, pelo contrário, estou precisando esquecer o ultimo que havia deixado um rombo enorme em meu peito, estava sim olhando seu namorado, mas apenas admirando o corpo dele que parecia ser lindo, respondi receosa; é verdade respondeu ela, ele tem um corpo lindo, e é extremamente gentil e educado; por este motivo, não queria vê-lo infeliz; perguntei então: Porque está querendo terminar seu namoro se ele é cheio de boas qualidades? Pensativa e com os olhos baixos, respondeu que estava confusa e havia se interessado por outra pessoa, e que este não era nem o inicio de seus problemas; Com meu semblante fechado perguntei: Como assim este não é nem o inicio de seus problemas? Respirando forte e ofegante, ela levantou sua cabeça e disse sem hesitar, acho que sou bissexual, já faz alguns meses que venho me interessando por garotas, e este segredo ou duvida esta acabando comigo, hoje mesmo quando você estava olhando meu namorado, pouco me importei, estava mais preocupada em conhecer você do que perder o homem que estava comigo... Não esperava ouvir aquelas palavras, ainda mais daquela garota que mais se parecia um menina, mas confesso que não me abalei, e até tentei ser compreênsiva com ela dizendo, que ela estava passando por um período de duvidas e descobertas, isto ocorre com todas nós, principalmente quando saímos da adolescência e começamos nossa vida adulta, e que não importava a escolha que ela fizesse, desde que ela fosse sincera com as pessoas que a amam e principalmente sincera com ela mesma, acredite, eu também já passei por isso; Com um pequeno sorriso nos lábios ela perguntou: e o que você fez em relação a isto? olhei bem dentro dos olhos daquela garota e disse: Vivi a vida intensamente, aprendi e ensinei o que podia, perdi um grande amor e ganhei um milhão de outros, sangrei chorei e sorri, e jamais deixei que ninguém me julgasse, nem mesmo o Deus que trazia em meu coração, e no final de tudo isto, o único arrependimento que tenho, foi o falar quando devia ter ficado calada e ficar muda quando devia ter gritado.
E naquele momento percebi seus olhos vermelhos e lágrimas que um a um percorriam seu rosto, toquei de leve sua face, retirei os cabelos que escondiãm seus olhos e toquei meus lábios nos seus, e no calor do momento, me entreguei de corpo e alma para aquela menina, que mal havia completado 18 anos, mas já trazia em seu corpo o perfume e o sabor glorioso de sexo, e em contra partida, senti o fervor e ardor que seus lábios e língua me chupavam, sorvendo a carne da minha boca e bebendo da minha saliva, e mais uma vez, depois de muitos e muitos meses, senti o tesão e o calor que a muito não sentia, e mais uma vez, tive em meus braços e corpo a chama ardente do fogo que consome minha virilha, retesa meus seios e deixa meu sexo ardido devido a imensa paixão.

4 comentários:

esperance27 disse...

Un petit coucou de France!
Amitiés:CLAIRE

Luis Nantes® disse...

Olá Sophia, minha linda!! Parabéns pela postagem, viu? Magnífica história...
Beijos

Felídeo disse...

Gostei! Bela história mais comum do que parece.

O sentimento dela para com ele é o mais rico que se pode ter por alguém mas, como diz o ditado: "nem só de pão vive o homem".

fada disse...

eita sophi... perdi o folego aq... rsrs