
Veja meus olhos, as lágrimas insistem em rolar pelo meu rosto, o que antes eram verdes e grandes, tornaram-se vermelhos e cansados, para alguns o choro pode durar uma única noite, mas para quem é portadora de um estigma incuravel, o choro é constante, meu tormento é insano, minha dor é tremenda, minha solidão é arrebatadora, meu corpo é nafasto, é negro o que me cerca e rodeia, minhas mãos são imundas, meu hálito é pestilento, meu filho é maldito e minha vida é uma desgraça. Mas não são estes substantivos, o motivo de minhas lágrimas, mas sim a certeza de que o que me espera é ainda pior, ainda mais desesperador, muito mais agonizante; eu não estou me referindo sobre a morte ou a possibilidade de ir para o inferno, NÃO, estou falando sobre o amanhã, sobre o que a vida ainda me reserva nestes dias breves que ainda me restão, sobre o futuro certo, sem segredos ou surpresas, aguardando apenas a passagem desta calmaria antes da tempestade, eu me considero uma mulher forte e valente, forte porque permaneci de pé, enquanto outros se prostrarão e cairam, valente porque não me faço de vítima, reconheço minha responsabilidade diante da minha irresponsabilidade, bem, creio que não há motivos para ter grandes perspectiva em relação a minha pessoa, mas acredite, eu vivi, e porque não dizer vivo intensamente, gloriosamente e ousadamente, e não seria exagero dizer que fui completamente insana em minha trajetória, cuja plenitude da vida só não foi maior que a indecencia e a libertinagem entre minhas pernas, gozei descaradamente, abusei em demasia do meu próprio corpo, fiz o que muitas mulheres sonham em fazer, mas não tem a coragem de realizar, explorei todo meu orgasmo, mesmo que para isso fosse preciso, muita das vezes, ser submetida a servidão, ao abuso e a violência, e só Deus sabe o quanto gozei, me entreguei de todas as formas imaginaveis e inimaginaveis pelo homem, alcancei infinitas vezes o clímax e o extase extremo, e como se não bastasse, tive enterrada em cada buraco, poro ou abertura do meu corpo, membros de tamanho, cor, forma e espessuras dilacerantemente incontaveis, e exprementei todo tipo de líquido e secreções expelidas pelo ser humano, tive em minha boca o mais grosso e abundante semem, como também o mais amargo e pútrido fel vertido pela carne, me deleitei diante das virgens meninas, em meio ao seu rosado e encharcado sexo, e seus duros e pontudos seios, assim como, saciei toda a minha fome de perversão e sandices, no colo de jovens e insaciaveis meninos.
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