sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

VAI TOMA NO CÚ!

É estranho o que as pessoas dizem quando estão com raiva, xingamentos e palavras depreciativas que ferem a moral e a integridade do outro, parecem extravasar nossa ira, e fazer com que nossa alma se acalme, se não fosse assim, qual outra finalidade teria? o mais estranho, é como estas palavras podem provocar, machucar e até ferir a grande maioria das pessoas, enquanto outras, muito raras por sinal não se sentem nem um pouco ofendidas; eu por exemplo: já fui xingada, caluniada, ofendida, insultada e até mesmo afrontada, mas nada disto me fez perder o sono, afinal de contas, o que tem de errado quando alguém se vira para mim e diz:


- Prostituta, vadia, piranha: Nada mais é do que uma profissão.

- filha de uma puta: Com certeza este conheceu minha mãe.

- Desgraçada: Este conhece bem a vida que eu levo.

- Imunda, perdida, sem-vergonha: Este já trepou comigo.


E o mais gostoso de todos é quando me mandam "tomar no meio do meu cú", eu já tomei e confesso que adoro, só lamento não praticar com mais freqüência, como vocês podem ver, poucas palavras da língua portuguesa podem me ofender ou deixar injuriada, é mais fácil um gesto de desdenho ou desprezo me ferir do que mil palavras me afrontando.



Foi assim que um garoto de apenas 17 anos me fez chorar um dia, lembro-me que era uma época de muita alegria, pensava estar namorando uma pessoa que me amava, e minha felicidade só não era maior do que o tesão e o prazer que aquele corpo jovem e bem definido me proporcionavam, ele estava no auge de seu vigor físico, e seu ardor, pareciam não ter limites, ele me comia em qualquer lugar e a qualquer hora, eu que nunca fui recatada, me espantava com a fome daquele lindo jovem, ele foi uma das poucas pessoas que conheci, capaz de inundar minha boca com sua porra quente e continuar com o cacete duro, judiando e penetrando minha bucetinha; nós estávamos apaixonados, quanta ingenuidade a minha pensar assim, hoje eu sei, mas naquela época, ele era tudo de bom, bonito e gostoso que havia em minha vida, e por acreditar no amor, me deixei ser levada e conduzida cada vez mais fundo em seus desejos e fantasias, e o que era paixão, tornou-se amor, e o que era amor transformou-se em loucura e minha loucura se transformou em escravidão, eu era agora o brinquedo de um homem de apenas 17 anos, ele fez comigo coisas que nenhuma garota deveria passar, ele me ensinou coisas que eu não me esqueço jamais, ele me fez fazer coisas conhecidas apenas nos mais terríveis dos pesadelos; mas eu não me importava, pois felicidade para mim, era ver meu menino gozando, gozando forte e profundo, sua pegada era tão forte, que até hoje trago o sabor daquelas sensações em todo o meu corpo; ele sabia como foder uma mulher, e assim como eu, ele não tinha papas na língua ou freios em sua boca, ele soube me transformar em um ordinária, ele dizia coisas em meu ouvido, palavras tão fortes que até hoje procuro um homem que seja capaz de me fazer tremer como ele me fez; e a cada dia que passava, maior era minha dependência em relação as atrocidades em que ele me submetia, estava viciada no seu corpo, estava completamente corrompida pelo seu falo, estava seduzida pelo seu gosto, estava exaurida de tanto ser violada; Mas como nesta vida, tudo que é bom dura pouco, passaram-se alguns messes, e o apetite, a fome e a sede que aquele homem nutria por mim, foi-se esvaindo, primeiramente, ele deixou de sodomizar meu frágil corpo, com o passar dos dias, até o sexo tornou-se monstruosamente monótono e enfadonho, ao ponto de eu ter que implorar para ele comer meu cú... E naqueles dias, sem mais nem menos, sem nenhuma explicação, ele nunca mais me procurou, ele nunca mais me quis, e a ultima vez que eu o vi, ele estava batendo a porta em minha cara, me mandando "tomar no cú" e esbravejando para que eu desaparecesse de sua vida.

BARBAS BRANCAS - ASSENTEI NO COLO DO BOM VELHINHO.

Mais um ano se foi, e eu ainda continuo aqui, porra, este não foi um bom ano para mim, mas também não foi o pior, não ganhei nada, mas também não perdi, e a crença de que o próximo ano será melhor, não me faz mais a cabeça; me perdõe a melancolia, mas é assim que me sinto quando chega o final de ano; Com certeza, este foi um natal do caralho, minha dor, minha revolta, minhas lamurias... Não é pelo que estou passando, mas sim pelo que deixei de passar, de viver, de saborear... Minha melancolia deve-se a saudade que tenho de um tempo que jamais voltará, de uma época em que eu gozei desmesuradamente, de uma época em que eu gemia excessivamente, de uma época em que eu trepava imensamente...



Minha paz só se concretiza, depois que meus familiares, amigos, conhecidos e demais parentes vão embora e eu fico sozinha, você não imagina o quanto é libertador ter minha casa só para mim, poder andar nua e me mastubar a qualquer hora e em qualquer cómodo, sem me preocupar em ser vista ou ser flagrada pelo meu "filho", poder gritar e chorar de agonia enquanto meus dedos ferem minha carne em movimentos alucinantes de desespero e dor, poder xingar e amaldiçoar em alta voz todos aqueles que um dia me abandonaram, poder ter em minha cama, um desconhecido desavisado, achando que tirou a sorte grande por estar trepando com uma gostosa que acabou de conhecer...



Na véspera deste natal, coloquei a melhor roupa que tinha, peguei as poucas economias que estava guardando e fui para o Center Shopping fazer compras, para ser honesta, tinha apenas o bastante para o presente do meu "filho", e nem um centavo a mais; Mas como o mundo gira em torno das aparências, quem me via, pensava em se tratar de uma patricinha, mas com certeza o Shopping estava repleto de putas e pés-rapados fingindo ser quem não são; por isso andava com minha cabeça erguida, espalhando meu perfume barato nas mais variadas lojas e fingindo interesse nas centenas de vitrines enfeitadas para este natal; Se existe algo mais piega ou brega do que pagar 120 r$ por uma camiseta ou 400 r$ por um tênnis, por favor me avisem; O ser humano é mesmo um animal sem noção, ele é capaz de ficar horas na fila de um cinema e ainda pagar a bagatela de 20 r$ para ver um filme que poderia assistir no conforto de sua casa em menos de 30 dias pagando apenas 5 r$ em um DVD comprado em qualquer avenida do centro da cidade, e mais; ele é capaz de dar 25 r$ em um pão recheado com um minúsculo pedaço de carne e picles, acompanhado por míseras batatinhas e um copo de 300 ml lotado de gelo; Mas a coisa mais hilária, para não dizer trágica, é ver homens e mulheres colocando suas crias no colo de um desconhecido, de calças vermelhas e barbas brancas em troca de uma bala ou pirulito; Mas nada disso se compara com o vazio estampado na cara das pirainhas e dos play-boys, que deixam todo o seu misero salário, o trabalho de um mês inteiro, ou quem sabe o suor e calos de seus pais, no polpudo saco da ignorância do papai-noel, e só se dão conta disto, quando começa a contar as migalhas que sobraram para pegar o ónibus ou quando chegam em suas casas e percebem que não tem mais dinheiro para terminar o mês.



É imundo o que fazem com nossas crianças, e mais imundo ainda, é o que fazem com a gente, eu até que tentei escapar desta época maldita e sórdida, cujo tema nem de longe se parece com o nascimento do filho de um Deus, mas se configura como um culto ao consumo, ao dinheiro e a gula; mas meu corpo teima em viver, mesmo que a alma implore por descanso; Não vim a este mundo para dar lição de moral, mas por favor, querer que eu feche meus olhos diante de tão agigantado circo, um verdadeiro espetaculo de horrores, seria pedir demais; por este motivo, incorporei o "espírito natalino", fingi ser quem eu não era, comprei o que não podia pagar, espalhei meu sorriso amarelo pelos corredores climatizados daquela zona e ainda deu tempo de assentar no colo do bom velhinho e sentir o doce-rubro de seu pirulito me cutucar.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

VÁ PARA O DIABO QUE O CARREGUE.

Já faz algum tempo que você se foi, gostaria de poder lamentar ou chorar sua ausência, mas a verdade é que você foi tarde demais, não sinto sua falta nem tenho saudades de sua presença, tenho sim, um certo medo ou receio em ficar sozinha novamente, pois nunca passei fome ou qualquer outra necessidade financeira enquanto você esteve comigo; Mas agora estou só, e convenhamos... eu não sou nem nunca fui a filha preferida de Deus; Mas estar só, não é o mesmo que se sentir só, enquanto dormia do seu lado em sua cama, compartilhando seu hálito e seu ranço, eu não estava só, mas me sentia solitária, carente, precisada... Sei que a culpa não é sua, talvez o problema estivesse comigo, a verdade é que você não conseguia me fazer feliz, você não conseguia me realizar na cama, você não conseguia me fazer mulher... Talvez o único sentimento que ainda nutro por você, seja a dor de quando olho nos olhos do nosso "filho" e vejo a falta que você ainda faz na vida "dele"; Isto eu não posso mudar, só o tempo será capaz de fazê-lo esquecer; já eu, não lamento sua partida, gostaria de dizer que você foi com Deus e em paz, mas não seria verdade não é mesmo? Sei como você se foi e a agonia que sentiu, bem como sei o que também me espera no final da minha longa e penosa jornada; O que posso dizer então diante desta minha, ou melhor, nossa evidente tragédia... Erga tua cabeça e Vá para o diabo que o carregue.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

PROSTITUTAS NÃO DORMEM.

Nós mulheres, somos mesmo osso duro de roer, pois como explicar gostarmos de quem não gosta da gente, e não nos interessarmos por quem esta a fim? Claro que esta verdade não se aplica a todas as mulheres, eu por exemplo, aprendi desde muito cedo que se queria muito alguma coisa, qualquer coisa era válida para conseguir; por isso, antes mesmo de completar minha maior idade, eu já havia me tornado especialista em alcançar meus objetivos, até que certa vez, um homem pois a prova toda minha força de sedução, confesso que ele era irresistivelmente confiante, e muito seguro, mesmo assim não conseguia entender porque ele não se interessava por mim? porque ele estava me rejeitando? porque ele não queria trepar comigo? mesmo eu sendo claramente explicita quanto ao meu desejo de me jogar em sua cama e me entregar completamente em seus braços.




A verdade é que ele não se rendeu aos meus apelos sexuais, e me deixou frustrada por muitos e muitos anos, pois não entendia o que faz um homem rejeitar uma menina de apenas 17 anos, disposta a se entregar por completa, sem exigir nada em troca, a não ser gozo e prazer; durante muito tempo pensei na possibilidade dele ser gay, mas ele não era; casado, também não; santo quem sabe? mas não... A minha angustia só teve fim depois de mais ou menos 10 anos, quando acidentalmente, voltamos a nos encontrar em um shopping aqui da cidade, eu não tinha mais 17 anos, por isso meu corpo já não era mais o mesmo, meus seios já não eram tão empinados, nem minha bundinha tão durinha como em outros tempos, minhas pernas apesar de bem cuidadas, já não escondia mais aqueles indesejáveis micro-vazinhos na dobra anterior do joelho, nem meu rosto se configurava mais como a de uma adolescente sapeca que irresistivelmente exala sexo por todos os poros de seu corpo; mas continuava linda, um tanto quanto centrada, responsável e atenta com meus grandes e verdes olhos, para aquele homem que um dia eu desejei, mas ele nunca quis experimentar o que eu estava louca para lhe oferecer; nos aproximamos e começamos a conversar naturalmente, como se fossemos velhos amigos; eu tentei disfarçar minha ansiedade por estar novamente em sua presença enquanto ele não escondia a felicidade em me reencontrar, me fez mais perguntas do que um delegado na frente de bandido, queria saber se estava casada, onde morava, o que fazia... Enquanto respondia instintivamente a todo aquele interrogatório, minha atenção estava voltada, para os sapatos e roupas que ele estava usando, se tinha aliança em seu dedo, ou pelo menos marca, como eram seus dentes, perfume, hálito... Uma mulher que se preze, deve conferir o produto que deseja levar, antes de comprar é claro, por isso eu estava atenta para tudo; e ao chegar a conclusão óbvia de que aquele homem era casado , possivelmente já era pai e estava louco para quebrar a monotonia que havia se tornado sua vida; decidi então jogar os dados, e tentar mais uma vez a sorte, e quem sabe sair vitoriosa daquele jogo em que alguém sempre sai ganhando enquanto irremediavelmente, o outro sai perdendo.



Inventei barbaridades naquele fim de tarde, fingi ser quem eu nunca fui e ter o que nunca havia sonhado, me fiz de vítima e de mulher carente, santa e sadia... Só sei que no final daquela noite, aquele homem estava louco para me comer, só faltou implorar para trepar comigo, fez promessas e juras, que se sua esposa soubesse, ficaria mortificada com as revelações que ele me confidenciou. Saímos daquele local, direto para um motel, trepamos como dois adolescentes sedentos pelo corpo do companheiro, fiz com ele, tudo aquilo que havia prometido a 10 anos atrás, mas nada substituía o desejo de perguntar o porque ele havia me rejeitado na adolescência? tentei não pensar naquilo, mas não teve jeito, subi sobre seu corpo, assentei sobre seu cacete já flácido, debrucei meu rosto perto do seu e perguntei olhando em seus olhos: Por que você não quis me comer quando eu me ofereci descaradamente para você, quando ainda éramos muito jovens; notei que seus olhos brilharam e aquele mesmo ar confiante e de desdenho que a muitos anos atrás me ignoraram e repudiaram, voltou-se a se revelar no rosto daquele homem, e mais uma vez entendi que NÃO teria a resposta para aquela pergunta; e com um sorriso presunçoso na lateral de seus lábios ele me retrucou: Eu conto o porquê não transei com você naquele dia, se você me falar o por que estava tão a fim de dar para mim naquele dia?




Com uma frieza raramente vista em meus olhos, respondi: pelo mesmo motivo que estou com você aqui hoje, primeiro, uma mulher nunca aceita não como resposta e segundo, prostitutas como eu, nunca dormem!