sábado, 6 de fevereiro de 2010

O FILHO DA FILHA DE UMA FILHA DA PUTA.

Já dizia um velho ditado que: "filho de peixe, peixinho é". Nestas simples palavras, reside uma grande verdade, pautada no mais puro e simplório conhecimento popular; isto quer dizer que: você é o espelho de seus país, você será igualzinho a eles amanhã, você não passa de uma miniatura de seus progenitores; se eu me ater a estes fatos, creio que sou igualzinha a minha "querida" e "amada" mãezinha, nem melhor, nem pior, simplesmente igual; resumindo, amanhã, eu serei o que ela é hoje, ou melhor, eu sou hoje, o que ela era ontem, entenderam?
Diante de tal esclarecimento, gostaria de compreender o que faz uma mulher escorraçar sua própria filha de casa, o que faz uma mãe maldizer e amaldiçoar sua própria cria, o que faz uma mãe odiá-la, pelo que você é, se você não passa de uma copia fiel do que ela foi um dia? palavras fortes estas, para caracterizar a mãe que tenho, a mãe que um dia me expulsou de casa, a mãe que um dia bateu em minha cara e me chamou de vagabunda, perdida e rameira, a mãe que um dia não mais me aceitou como sua filha... Eu não guardo rancor, e nem fico me alimentando e remoendo esta tragédia em meu passado, prefiro olhar para frente, e tentar compreender, o que esta acontecendo com meu "filho", o porquê ele é o que é, e a cada dia que passa, ele esta se transformando em uma pessoa cada vez mais parecida comigo, em todos os sentidos; vejo agora, que eu sou o retrato do que minha mãe foi um dia, e meu "filho" esta se tornando uma cópia do que eu sou hoje; agora é tarde para arrependimentos, agora é tarde para concertar o que não pode ser concertado, agora é tarde para para tentar ser o que não sou... Algo dentro de mim, grita com uma voz surda, o futuro certo e tortuoso que minha própria cria irá trilhar neste mundo miserável e cada vez mais pagão; mas quem sou eu para critica-lo ou renuncia-lo, quem sou eu para dar-lhe lição de moral, já que a imoralidade reside entre minhas pernas e de todos os meus antepassados, quem sou eu para mostrar qual caminho seguir, se eu mesma não sei que caminho estou trilhando; uma coisa é certa, a luxúria, a depravação, a dor insaciável da carne e o calor agonizante em cada cavidade e poros do meu corpo, são passados de geração a geração; O desejo descomunal por homens bem dotados e irresistivelmente canalhas, a insensatez e insanidade diante do sexo fácil e o ardor que tenho entre as pernas, são os mesmos que minha mãe tinha, e é o mesmo que meu "filho" carrega; por isso, não o culpo pelo que ele esta se tornando, não o culpo pela vida depreciativa e vulgar que ele esta levando, não o culpo por estar sendo severamente subjugado por sádicos e violentos homens e carniceiros, afinal de contas, antes de mais nada, ele é minha grande "vitória".
Meus olhos se enchem d'água quando vejo seu franzino corpo repleto de marcas, hematomas e arranhões, cuja desculpa para suas feridas, são as brincadeiras na escola; mas aquela voz surda que grita dentro de mim, me atormenta constantemente, querendo revelar a verdade, mesmo eu não querendo acreditar, pois tenho medo do que possa descobrir, por isso prefiro fechar meus olhos para a verdade que brada nos olhos tristes do meu "filho", nas roupas que pouco escondem o seu corpo, na voz fina e delicada que sai de sua boca, na ausencia de boas pessoas e verdadeiros amigos em sua vida... Que frio é este que percorre minha espinha quando começo a pensar nestas coisas? é como se eu pudesse voltar os anos e rever novamente minha vida , na adolescencia perdida do meu "filho", ou no passado obscuro, tortuoso e incestuoso da vadia, puta e ramera da matriarca da família, cujo única herança que ela nos deixa além de seu sobrenome, é o desgraçado estigma de ser filho da filha de uma filha da puta.

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