terça-feira, 29 de dezembro de 2009

VAGABA NÃO! PROFISSIONAL DO SEXO.

Quem me conhece, sabe que não sou santa, nem faço questão de ser, mas nem por isso tenho que ser obrigatoriamente, a ovelha negra da família, nem por isso tenho que ser a perdida, a sem juízo, a sem vergonha, a vagabunda... Tenho que concordar que não levo uma vida de acordo com os preceitos da religião, e nem sou um bom exemplo a ser seguido, mas isto não faz de mim uma safada, uma piranha, mais uma prostituta neste mundo de meu Deus; Eu não sou uma vagaba qualquer, eu não sou mais uma puta barata, eu não sou uma ramera de bera de estrada, não... Eu sou tudo aquilo que sempre desejei ser, eu sou o mais puro e verdadeiro reflexo da minha alma, eu simplesmente sou honesta e verdadeira comigo mesma; enquanto outras fingem ser o que não são, eu sou quase que obrigada a fingir não ser o que sou.
O mundo esta cheio de prostitutas e piranhas que fazem sexo, simplesmente porque precisam, não tem estudo nem profissão; mulheres que passam por dificuldades e até mesmo fome; garotas que preferem vender seu corpo, ao invés de passar 8 horas diárias atrás de um balcão em busca de um salário de fome; meninas que abrem suas pernas por apenas míseros trocados... As desculpas são muitas, em sua grande maioria, o fator econômico é sem dúvida o grande motivo para uma garota se tornar uma mulher de vida fácil; No meu caso a lógica não é esta, confesso que já passei por momentos difíceis, períodos em que mal tinha o que comer, dias em que trepava com qualquer pessoa que estivesse disposta a me pagar um prato de comida; mas os anos foram passando, e as coisas foram melhorando, me tornei universitaria, engravidei de um playboy bem de vida, moro em um local previlegiado, estou com a vida estavel; e mesmo assim não consigo largar a vida que eu levava; não trepo por dinheiro, mas também não o recuso; não consigo ser simplesmente uma dona de casa, sou uma dama da noite; não consigo ser mulher de um só homem, sou a amante de todos aqueles que me querem e me desejam; não consigo me contentar com o sexo comedido e floreado de amor e ternura, tenho que ser penetrada com vontade e desejo, tenho que ser comida de todas as formas possíveis, tenho que ser possuida com violência e loucura; não consigo ser esposa, mãe e boa filha, mas tenho consciência que nasci para ser amante, piranha e uma verdadeira filha de uma puta; não consigo apenas ter prazer numa relação, tenho que gozar e chegar ao orgasmo extremo; não consigo ser apenas penetrada, tenho que ser invadida, violentada, subjugada; não consigo ser simplesmente uma vagaba qualquer, tenho que ser a melhor puta, vadia e safada na cama de um homem, tenho que ter a buceta e a bunda mais quente e apetitosa que alguem já experimentou, tenho que ser a melhor profissional do sexo que os meninos, homens e marmanjos já tiverão em suas camas.

sábado, 19 de dezembro de 2009

PRELÚDIO DO PASSADO COM UM TOQUE DE AUTO-PIEDADE

Quem nunca chorou de dor, tristeza ou amor? quem nunca chorou de desilusão, ódio ou paixão? quem nunca chorou ao ver a pessoa amada partir, morrer ou sofrer? quem nunca chorou pelo espinho cravado na carne, pela pimenta respingada nos olhos ou pelo peso das mãos de seus inimigos sobre suas cabeças? quem nunca chorou ao cair, se ferir ou se cortar? quem nunca chorou ao sentir o fio da navalha em sua garganta, a arma apontada para sua cabeça ou a faca encravada em suas costas? quem nunca chorou ao ficar encurralada, presa na lama ou caida em um abismo? quem nunca chorou ao ter a carne dilacerada, a pele rasgada ou seu corpo violado? quem nunca chorou diante do ladrão, perseguida pelos seus algozes e carrasco ou vitima de um estrupador? quem nunca chorou pela febre em sua carne, pela infecção em seu sangue ou pelas feridas em seu intestino? quem nunca chorou ao brigar, apanhar ou perder? quem nunca chorou ...








Veja meus olhos, as lágrimas insistem em rolar pelo meu rosto, o que antes eram verdes e grandes, tornaram-se vermelhos e cansados, para alguns o choro pode durar uma única noite, mas para quem é portadora de um estigma incuravel, o choro é constante, meu tormento é insano, minha dor é tremenda, minha solidão é arrebatadora, meu corpo é nafasto, é negro o que me cerca e rodeia, minhas mãos são imundas, meu hálito é pestilento, meu filho é maldito e minha vida é uma desgraça. Mas não são estes substantivos, o motivo de minhas lágrimas, mas sim a certeza de que o que me espera é ainda pior, ainda mais desesperador, muito mais agonizante; eu não estou me referindo sobre a morte ou a possibilidade de ir para o inferno, NÃO, estou falando sobre o amanhã, sobre o que a vida ainda me reserva nestes dias breves que ainda me restão, sobre o futuro certo, sem segredos ou surpresas, aguardando apenas a passagem desta calmaria antes da tempestade, eu me considero uma mulher forte e valente, forte porque permaneci de pé, enquanto outros se prostrarão e cairam, valente porque não me faço de vítima, reconheço minha responsabilidade diante da minha irresponsabilidade, bem, creio que não há motivos para ter grandes perspectiva em relação a minha pessoa, mas acredite, eu vivi, e porque não dizer vivo intensamente, gloriosamente e ousadamente, e não seria exagero dizer que fui completamente insana em minha trajetória, cuja plenitude da vida só não foi maior que a indecencia e a libertinagem entre minhas pernas, gozei descaradamente, abusei em demasia do meu próprio corpo, fiz o que muitas mulheres sonham em fazer, mas não tem a coragem de realizar, explorei todo meu orgasmo, mesmo que para isso fosse preciso, muita das vezes, ser submetida a servidão, ao abuso e a violência, e só Deus sabe o quanto gozei, me entreguei de todas as formas imaginaveis e inimaginaveis pelo homem, alcancei infinitas vezes o clímax e o extase extremo, e como se não bastasse, tive enterrada em cada buraco, poro ou abertura do meu corpo, membros de tamanho, cor, forma e espessuras dilacerantemente incontaveis, e exprementei todo tipo de líquido e secreções expelidas pelo ser humano, tive em minha boca o mais grosso e abundante semem, como também o mais amargo e pútrido fel vertido pela carne, me deleitei diante das virgens meninas, em meio ao seu rosado e encharcado sexo, e seus duros e pontudos seios, assim como, saciei toda a minha fome de perversão e sandices, no colo de jovens e insaciaveis meninos.

O ESPIRITO VADIO DOS NATAIS PASSADOS.

NATAL, para alguns esta data tem um significado especial, estes ultimos dias que antecedem o ano novo, serão de festas e alegrias, para outros, apenas mais uma desculpa para encherem suas caras com cerveja e cachaça, mas para mim, esta época significa solidão, dias furiosos em que me entrego a pensamentos tristes, época em que olho para tráz e vejo que nada mudou, que nada consegui, mais um ano desperdiçado, mais um ano de tremendo vazio... NATAL, o que esta data significa, a não ser a celebração decadente daqueles que ainda acreditam e tem esperança, daqueles que fazem fortuna com o comercio e com a exploração dos pobres e semi-analfabetos, período em que gastamos o que não temos, comemos o que não podemos e compramos um amontoado de badulaques e coisas superfulas, sem sabermos como pagar. Então me pergunto mais uma vez, o que é o natal?
Infelizmente eu tenho que comprar uma MERDA qualquer para meu filho e meu marido, talvez eu me lembre dos meus pais, irmãs e amigos, claro não posso me esquecer da minha sobrinha e seu jeito maroto de conseguir as coisas fácil, e se sobrar alguns trocados, talvez eu alimente minha vaidade com uma quinquilharia qualquer, quem sabe uma roupa ou sapato vagabundo, ou talvez mais um perfume barato ou uma lingerie brega e cafona; não importa, o que interessa é que eu, mesma não gostando, sou vítima deste dia memoravel em que sou obrigada a estar com quem não quero e fingir gostar do ambiente e das pessoas que me cercam, beber com meus falsos amigos e compartilhar a mesa com minha família pilantra e sangue-suga, ter que sorrir e escancarar meus dentes amarelos para meu marido pestilento, e beijar sua boca fétida como prova de agradecimento e gratidão pelo presente miseravel que ele me deu, abraçar forte meu filho que nem sequer vai me agradecer pelo presente que recebeu de mim, presente este que não sei nem mesmo como vou pagar, e mesmo assim sou obrigada a ver seus olhos descontentes, chorosos e tristes por não ter ganhado o presente que queria, e ao invéz disto terá que se conformar com o "carrinho" fulera que pude comprar, ao invés da "boneca barbie" tão sonhada por ele.
Me sinto exausta só de pensar nesta semana que se aproxima, deito então em minha cama surrada, fecho meus olhos em meu quarto escuro e sombrio e choro de saudades do tempo em que eu era livre, do tempo em que eu me preparava para ser sodomisada e abusada por vários homens, do tempo em que eu tinha cada poro do meu corpo preênchido por dedos e linguas insaciaveis, de um tempo em que eu dava, mas tambem recebia, de um tempo em que eu era chamada de vagabunda, puta, piranha, safada, vaca, cadela, vadia, prostituta, meretriz, galinha, rameira, rapariga, quenga e muitos outros nomes indecentes e depreciativos, mas que me qualificavam como uma mulher soberba e realizada na cama, de um tempo em que eu urrava de prazer a cada festa de final de ano, e me sentia alegre, feliz e realizada, mesmo que por um breve momento, mesmo que por apenas aqueles momentos em que estava sendo penetrada, momentos felizes em que estava completamente dopada pelo álcool e pela maconha, mesmo assim eu sabia o que era ser desejada, violada, serviciada e submetida ao verdadeiro ESPIRITO NATALINO, que nada mais é do que, o sacrificio do seu proprio corpo, a entrega voluntaria da sua própria carne aos lobos e carniceiros que te cercam, a busca desesperada pelo goso divino... EU FUI A OFERENDA E O ALIMENTO DE MUITOS. Mas hoje, veja só o estado em que me encontro, triste, inconsolada, vazia, carente e muito, muito sozinha, e sobrevivo me alimentando dos restos do meu passado glorioso, em que o NATAL era mais do que especial, era a época em que eu tinha minha fé e esperanças renovadas e acreditava cegamente que minha vida mudaria, mudaria para melhor.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A PUTA DE ONTEM É A MESMA PUTA DE AMANHÃ

Esta semana, assisti a um filme intrigante e ao mesmo tempo, esclarecedor, o filme falava sobre um tio e seu sobrinho que atravessavam o oeste dos EUA para levar 500 cabeças de cavalos para o exercito americano, e em meio a esta aventura, algumas chinesas virgens que haviam sido compradas para serem prostitutas em um bordel, um peão que tocava violino e uma velha puta, surgem em seus caminhos, no perigoso e implacavel oeste selvagem; mas o que me chamou a atenção, forão os 4 estagios ou lugares pelo qual uma puta passa no decorrer de sua vida.
1º- casas de luxo e prostibulos de primeira classe. (reservado a garotas novas e bonitas)
2º- tavernas, bares e prostibulos baratos. (reservados a putas baratas e não tão novas)
3º- ruas, calçadas e estabulos. (são as putas que se vendem por um prato de comida ou um lugar para dormir, geralmente são velhas e sujas)
4º- chiqueiros. (locais imundos onde ficam as putas velhas, tuberculosas, sifiliíticas e com toda sorte de doenças e pestes, são vadias repugnantes as margens da sociedade, excluidas pela doença, velhice e mal cheiro, este é o ultimo local de uma puta imunda, antes de sua cova).
Fazendo um paralelo com os dias atuais, vemos que pouca coisa mudou, ou quase nada para ser honesta; falando por mim, vejo que já passei por todos estes lugares... Já estive em locais chiques e bem frequentados quando era mais jovem, onde a elite da sociedade e a classe mais jovem se encontram para um happy-hour nos finais de tarde, locais refinados e descontraidos onde os universitarios se encontram para uma badalada noite de sabado; Com o tempo, passei a frequentar locais baratos,onde as festas eram regadas a alcool e drogas, e as pessoas eram cada vez mais esquizitas e estranhas; Nestes ultimos anos, passei a frequentar as avenidas, ruas e BRs para sustentar meus vícios e fetiches, trepo com qualquer um em troca de uma carona ou uma aconchegante boleia para descansar meu corpo surrado e trêmulo de frio; Atualmente, fico recolhida com meu corpo debilitado e mal-cheiroso, em um lugar insípido, nojento e fétido, com meu corpo carregado com as cicatrizes do tempo e com feridas que assolam constantemente minha carne, estou reclusa em minha própria casa, em minha zona particular, em meu próprio chiqueiro imundo podre, fétido e promiscuo, excluida e repudiada, carregada de doenças e pestes como a tuberculose, síflis, meningite e lepra, comprêendo agora que minha casa é minha ultima morada antes da minha insignificante partida, meu pardieiro final, meu tranquilo e derradeiro CHIQUEIRO.